sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Acesso por banda larga no Brasil duplica entre 2005 e 2008

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta sexta-feira (11) mostra que 80,3% da população brasileira que acessou a internet em domicílio em 2008 o fez por banda larga. Do restante, 18,0% conectou unicamente por conexão discada e 1,7% através das duas formas. É o que informa o Suplemento da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2008 sobre Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal.


Em relação a 2005, o aumento da conexão por banda larga foi bastante expressivo, praticamente dobrando. Nesse ano, o percentual havia sido de 41,2%. Regionalmente, a conexão por banda larga também foi disseminada e passou a ser a principal forma de acesso, com destaque para o Centro-Oeste, onde 93,4% das pessoas a usavam --contra 57,1% em 2005. Por outro lado, a região Norte foi a que apresentou a menor proporção de pessoas acessando a internet somente por banda larga (70,4%, contra 40,5% em 2005).


Acesso A pesquisa também mostrou que o percentual de brasileiros de dez anos ou mais que acessaram a internet por meio de computador ao menos uma vez aumentou 75,3% e passou de 20,9% para 34,8% entre 2005 e 2008, o que equivale a 56 milhões de usuários. Para 2008, as regiões Sudeste (40,3%), Centro-Oeste (39,4%) e Sul (38,7%) registram os maiores percentuais de usuários, e as regiões Norte (27,5%) e Nordeste (25,1%), os menores.


Quanto aos locais de acesso à web, as Lan houses e residências superam os locais de trabalho. De acordo com o estudo, isso ocorre devido ao aumento de renda. Em 2008, os acessos foram feitos, principalmente, de casa (57%), das LAN houses (35,2%) e do trabalho (31%). Em 2005, o ambiente doméstico já estava em primeiro lugar no acesso à web, mas o local de trabalho estava na segunda posição do ranking, seguido pelas LAN houses.


O número de usuários de telefone celular também aumentou: cerca de 86 milhões de pessoas, ou 53,8% dos brasileiros com dez anos de idade ou mais, tinham celular para uso pessoal em 2008. Em 2005 eram 56 milhões de pessoas.

Impostos pagos pelos brasileiros em 2009 somarão R$ 1 trilhão na segunda-feira

Na próxima segunda-feira, dia 14, por volta das 12h, o Impostômetro atingirá a marca de R$ 1 trilhão de tributos arrecadados este ano pela União, estados e municípios. Em 2008, a mesma marca foi atingida - pela primeira vez na história do país - um dia mais tarde, 15 de dezembro.

A previsão do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) é que a arrecadação de 2009 feche em R$ 1,075 trilhão. No ano passado a arrecadação total foi de R$ 1,056 trilhão.

"Em termos nominais (não considerando a inflação), a arrecadação aumentou cerca de R$ 20 bilhões, enquanto em termos reais caiu 3%. Isso porque, apesar da crise e dos programas de incentivo do governo federal, os governos municipais e estaduais nada fizeram", diz o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.

Pobre subsidia Europa

Pobre subsidia Europa

Conforme estudo recente da Productivity Commission, um órgão do governo da Austrália, o protecionismo agrícola equivale a 46% do gasto total da União Européia, ou € 50 bilhões (US$ 74 bilhões), 15 vezes acima do que ela oferece mundo pobre em Copenhague.

Os subsídios, segundo o estudo, deprimem os preços globais dos produtos contemplados entre 1% e 4%, chegando a 12,7% na carne bovina exportada pela América Latina.

Em termos líquidos, o bem estar do mundo é subtraído de US$ 45 bilhões ao custo de US$ 30 bilhões para a Europa. É isso: Copenhague e Doha têm tudo a ver.

Poluição protecionista

A globalização não é só econômica e cultural. Tudo que importa aos países também está interligado. Não há como supor um acordo na cúpula do clima desconectado do tratado de Doha, já que, de todos os modos, tudo está ligado – da transferência de know-how ambiental, protegido por patentes, a incentivo à produção verde de bens industriais e agrícolas, regulados pelas normas da OMC.

O que uma cúpula decidir vai afetar a outra. Como o estudo do governo da Austrália revela, o protecionismo agrícola da Europa aumenta os demais preços não protegidos no mundo, e uma economia “descarbonizada” implica mais custos. Uma coisa compensa a outra.