Pobre subsidia Europa
Conforme estudo recente da Productivity Commission, um órgão do governo da Austrália, o protecionismo agrícola equivale a 46% do gasto total da União Européia, ou € 50 bilhões (US$ 74 bilhões), 15 vezes acima do que ela oferece mundo pobre em Copenhague.
Os subsídios, segundo o estudo, deprimem os preços globais dos produtos contemplados entre 1% e 4%, chegando a 12,7% na carne bovina exportada pela América Latina.
Em termos líquidos, o bem estar do mundo é subtraído de US$ 45 bilhões ao custo de US$ 30 bilhões para a Europa. É isso: Copenhague e Doha têm tudo a ver.
Poluição protecionista
A globalização não é só econômica e cultural. Tudo que importa aos países também está interligado. Não há como supor um acordo na cúpula do clima desconectado do tratado de Doha, já que, de todos os modos, tudo está ligado – da transferência de know-how ambiental, protegido por patentes, a incentivo à produção verde de bens industriais e agrícolas, regulados pelas normas da OMC.
O que uma cúpula decidir vai afetar a outra. Como o estudo do governo da Austrália revela, o protecionismo agrícola da Europa aumenta os demais preços não protegidos no mundo, e uma economia “descarbonizada” implica mais custos. Uma coisa compensa a outra.
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