Vacinação contra a paralisia infantil
A doença não existe no Brasil há anos, mas, para que esse quadro continue assim, é preciso que as crianças sejam vacinadas contra a poliomielite
Ana Paula Pontes
Você vacinou seu filho contra a paralisia infantil no último sábado? Se não conseguiu, fique tranqüilo. De acordo com o Ministério da Saúde, quem não conseguiu levar a criança até em um dos postos ou clínicas que participaram da Campanha no dia 14 de junho ainda podem e devem fazer isso. Muitas cidades prorrogaram a campanha por mais alguns dias, mas isso não quer dizer que existe uma data fixa para vacinar seu filho. A imunização pode ser feita a qualquer momento em um dos postos de sua cidade. Segundo Marlene Tavares, assessora técnica do Programa Nacional de Imunização, todas as crianças de 0 a 5 anos de idade devem tomar as gotinhas, inclusive se já receberam as doses que constam no calendário de vacinação.
As restrições ficam para aquelas que estiverem com infecções agudas, febre acima de 38oC, diarréia, vômito, alergia a algum componente da vacina, como a estreptomicina e eritromicina, já apresentaram reação anormal às gotinhas ou crianças com deficiência imunológica em tratamento com imunossupressores. Mas vale consultar o pediatra da criança sobre a imunização.
Os últimos anos, porém, têm preocupado as autoridades responsáveis pela vigilância sanitária. Houve um declínio na adesão da vacina a partir de 2002. De acordo com Marlene, a redução aconteceu porque poucos recém-nascidos são imunizados. Outro fator que influencia a queda dos números são os jovens pais que, por não terem convivido com a doença, não têm noção da gravidade que é a paralisia infantil.
“É fundamental manter a cobertura contra a poliomielite, porque, apesar de não haver mais casos no Brasil, ela não está erradicada em todo o mundo. Por isso, o risco de a doença voltar sempre existe, principalmente se alguém vem ao país com o vírus e encontra uma população desprotegida”, afirma Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana e diretor da Sociedade Brasileira de Imunização. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2007 foram registrados 1.313 casos em 13 países, sendo que Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão são considerados endêmicos.
A segunda etapa da vacinação está programada para dia 9 de agosto. Nesse dia, o governo prepara uma campanha incentivando os pais a se vacinarem contra a rubéola. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, todos os homens e mulheres entre 20 e 39 anos de idade devem fazer a imunização.
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