quarta-feira, 6 de maio de 2009

Veículos se transformam em empresas ambulantes

Uma empresa do vale do Paraíba, em São Paulo, transforma ônibus, carretas e vans em lojas, hospitais, laboratórios de informática, consultórios e até palcos! Em quinze anos, o negócio se especializou em adaptar veículos em unidades móveis para qualquer tipo de serviço.

Vans, ônibus e carretas com mais de 15 metros de comprimento se transformam em negócios sobre rodas!

Os empresários Nirceu, Lucia e Rafael Lemos sempre foram curiosos sobre o potencial desses gigantes do transporte. Em 2002, eles investiram R$ 20 mil numa pequena marcenaria e serralheria. E começaram a adaptar grandes veículos para empresas.

“Uma unidade móvel ela é muito versátil você pode usar qualquer coisa até onde a sua imaginação viajar. Você pode colocar um consultório médico, uma sala de eventos, treinamento, uma unidade maior para transporte de ovelha, transporte de cavalo, nós fizemos até uma fábrica de queijo pra treinamento dentro de uma unidade móvel”, diz Nirceu Lemos, empresário. 

Os empresários perceberam logo o negócio rentável que tinham nas mãos. Eles começaram a construir unidades imensas e completas, feitas de madeira, alumínio e aço, e acopladas a veículos. Muitas vezes, maiores do que um apartamento.

Esta unidade, por exemplo, foi construída para um fabricante de bebidas participar de eventos de divulgação. Ela tem mais de 140 m² com bar, salão e escritório.

Um toque na tela do computador controla luz e tv nos ambientes.

Esse caminhão é uma ótima ferramenta de marketing, ele aumenta a força da marca do nosso cliente. Com toda essa modernidade, tecnologia, embutida aqui. Pra isso, é necessário um evento completo com todo tipo de suporte, de atendimento, o que faz com que os convidados se aproximem mais ainda desses nossos clientes.

Construir uma unidade que se move não é o mesmo que fazer uma casa. Como o veículo balança, a fixação é especial. Tudo é colado e parafusado as unidades parecem verdadeiros robôs. O veículo encolhe para se locomover e estica quando está parado. Ao comando de um botão, abre portas.

Como ele é um veículo, a gente tem que estar preocupado com a legislação. Tem uma norma do Denatran que rege as medidas. Você tem que seguir essas normas. Mas quando ele está parado, você pode usar da criatividade e aumentar na medida que der.

Nós chegamos a aumentar mais de três vezes o tamanho da unidade.

Um projeto pode levar mais de 100 dias para ser feito, e custar mais de um milhão de reais. No computador, a empresa apresenta uma maquete virtual do projeto que o cliente quer.

“Ela é personalizada porque ela parte do projeto do cliente que é personalizado. a partir do projeto, é elaborada a maquete virtual com as cores, com as formas, com tudo aquilo que ele vai utilizar”, DIZ Lúcia Lemos, empresária.

A empresa faz em média dez projetos por ano. Atende bancos, construtoras, escolas e não faz propaganda do negócio. A divulgação é o próprio veículo do cliente.

Nosso produto por si vende. Ele aparece aonde quer que ele vá. Até hoje, 100% dos nossos clientes são frutos de propaganda boca a boca.

Esta universidade encomendou dez carretas adaptadas. elas são usadas para cursos itinerantes.

“A vantagem é a mobilidade que a gente tem com nosso sistema de ensino, então a universidade consegue chegar em várias localidades, principalmente em cidades vizinhas, locais onde a gente não tem o nosso campus e onde as pessoas não tem possibilidade de estudar, então a universidade vai até as pessoas, principalmente da periferia”, diz a pró reitora Maria Helena Ribeiro.

Mais de 30% dos clientes são pequenos empresários. Neste caso, a adaptação dos veículos é mais simples, e ajuda a ampliar mercado com baixo custo.

Os veículos se transformam  em empresas sobre rodas, e são um marketing forte por onde passam. é o caso deste furgão que virou uma loja de roupas. Aqui não há dúvida. se falta cliente, a empresa vai atrás.

A empresa móvel viaja pelo Brasil inteiro. É uma confecção itinerante. A empresária Priscila cordeiro investiu R$ 90 mil no veículo, e dez mil na adaptação. Dentro, no lugar dos bancos, foram instalados armários e cabideiros.

“O furgão é um conceito inovador, porque além de fazer logística, ele é uma loja móvel, isso surpreende muito os clientes. Nosso objetivo é estar mais próximo dos clientes e ele tem atendido bem isso”, diz a dona da loja Priscila Cordeiro. 

Em menos de um ano, a empresária recuperou o capital investido. Hoje ela vende cinco mil peças por mês com o veículo.

 “Achei interessante a ideia. Ainda mais porque mulher é curiosa, vê um negócio desse chegando e quer ver o que é, sempre vai comprar!’ diz Silvia Gallati, cliente.
 
"O mais interessante é que é uma loja em cima de 4 rodas, nunca imaginei encontrar uma loja assim na porta de qualquer lugar. Gostei das roupas, gostei do lugar, amei! " 

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