quarta-feira, 6 de maio de 2009

Acordo ortográfico aumenta procura por cursos de português

Desde 1º de janeiro de 2009 estão em vigor as novas normas do acordo ortográfico da língua portuguesa. Mas, só a partir de 2013, os vestibulares e os concursos públicos exigirão a nova ortografia! Mas, as empresas que oferecem cursos de português já se preparam para atender a grande procura pela atualização gramatical.

Caíram tremas, acentos, mudou o emprego do hífen. As alterações parecem pequenas. Mas as consequências foram grandes. Nesta escola de português, por exemplo, o novo acordo ortográfico dobrou a procura por cursos de gramática.

 “As pessoas estão falando sobre a língua portuguesa, e as empresas estão revendo e dando a devida importância e procurando cursos não só a respeito do novo acordo, mas também a parte de redação e atualização”, diz a empresária Carolina Castro.


Para atender à demanda, a empresária Carolina Castro investiu R$ 1500 em apostilas com as novas regras gramaticais.  Ela oferece cursos rápidos, a partir de R$ 150. Nos últimos três meses, a escola vendeu 300 cursos.

Agora entrou a nova ortografia e eu precisava saber para aplicar no meu trabalho.

“Para mim é fundamental estar atualizado, preparado para os concursos”, diz o Aluno Jonas Cícero.

A escola existe desde 1999. A empresária investiu dez mil reais no negócio. Ela alugou um espaço e montou uma equipe de professores. Em situações especiais como esta, de muita procura, a escola tem o cuidado de não aumentar os custos fixos. A empresa contrata professores por curso, em regime freelancer.

A empresa tem hoje 300 alunos. Para conquistar mais mercado, a escola também dá cursos dentro de empresas, que precisam conhecer as mudanças na língua portuguesa.

Temos a obrigação de instrumentalizar nosso trabalho com português correto, seja através de petição ao judiciário ou de um parecer ao cliente, isso é uma obrigação para com o mercado.

“Isso é muito importante. Todo um trabalho feito e te cai por um deslize de gramática”, diz Monica Sobolewski, advogada.

O novo acordo ortográfico também agitou os negócios nesta outra empresa: uma escola de escritores. A empresa oferece cursos para quem quer lançar um livro, e orienta sobre direitos autorais, vendas, ilustrações, conteúdo e gramática.

Este ano, o movimento na escola aumentou 20 %. Um dos motivos é que os livros têm de ser reeditados, de acordo com as novas regras gramaticais. E escritores e revisores vêm aqui, aprender as alterações.


Os empresários. João Scortecci e Maria Esther Perfetti montaram a escola em 2004. Investiram R$ 5 mil em reforma de sala, móveis e material didático. No ano passado, previram o aumento da procura, e criaram um curso específico sobre o novo acordo ortográfico.

“Fomos atrás dos dicionários já tinham no mercado, começaram a lançar, entramos em contato com a academia, para tentar montar um curso para começar esse treinamento para os profissionais da área”, diz a empresária.

Para os empresários, as mudanças gramaticais abrem um mercado de milhões de livros que precisam ser reeditados para se adequar às novas regras.

“É um momento bom para agitar o mercado e as gráficas que vão ter muito trabalho”, diz a empresária.

A jornalista Denise Gomide faz revisões para editoras e garante: a procura aumentou mais de 50%.

O trabalho está aumentando, sim. Está sendo muito bom nesse sentido, apesar da crise econômica, para nós está sendo ótimo.

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